sábado, 12 de novembro de 2016

Religiões Indianas

Quando falamos sobre a Índia começamos a imaginar a religião referente ao Hinduísmo, mas o que grande parte não sabe é que na Índia esta não é a única religião presente na vida dos indianos. Podemos destacar algumas religiões existentes como Hinduísmo, Islamismo, Cristianismo, Sikhismo, Budismo, Jainismo e outras religiões.

Religião Hinduísta:

O Hinduísmo é como se fosse uma doutrina que reúne valores, tradições e crenças vindas através de diferentes povos. Durante a história o Hinduísmo passou por adaptações até ser conhecido como conhecemos hoje, é dito que este foi divido em três fases para que pudéssemos aprender sobre sua história.

·         Na primeira fase foi conhecida como Hinduísmo Védico onde se idolatravam Deuses tribais, como o Deus do céu Dyaus. Fazia com que outros deuses surgissem.

·         Na segunda fase que surgiu com adaptações o Hinduísmo Bramâico idolatrava tríade onde tinham Brahma que é a divindade da alma universal, Vichnu divindade  preservadora e Shiva é a divindade destruidora.

·         Na terceira fase encontramos modos de ajustar as influências de religiões a partir do Cristianismo, Islamismo e por outras. Também não podemos deixar de citar o Hinduísmo Híbrido que reúne influências diversas.


Como a Terceira maior religião do mundo o Hindu é a maior religião da Índia, sendo uma religião muito complexa que abrange uma diversidade muito grande em práticas religiosas e em ideias também. Para ter uma base os rituais hindus eles sempre tem meditação e a oferenda aos seus deuses, suas preces devem sempre ser cantadas e dedicadas aos deuses, isto é, um pouco da religião Hinduísta e o que esta abrange. Os seguidores do Hinduísmo acreditam também que possuem um espírito que vai sempre sofrer as ações do que fizeram durante a vida.

Temos como exemplo de divindades por eles serem politeístas :

·         Vishnu – Deus característico das artes e da música;
·         Brahma – Deus característico da força que criou o universo;
·         Shiva – Deus característico da morte, de transformações e da destruição, muito importante para o surgimento de uma nova vida. Pode ser representado pela dança feita em roda de fogo;
·         Sarasvati – Deusa característica que representa a música e as artes;
·         Ganesha – Divindade de um homem com a cabeça de elefante que é responsável por proteger os sábios, escritores e comerciantes, representa a prosperidade, a inteligência e o intelecto;


Religião Islâmica:

Uma religião monoteísta, acredita em um Deus único que era pregada por Maomé com relação ao Profeta Abraão, que foi responsável pela criação de Caaba, sagrado pra seguidores da religião. Esta é a segunda maior religião mais seguida no mundo, divididas em dois grupos mulçumanos conhecidos como Xiitas são os que seguem Ali genro de Maomé e Sunitas que seguem Maomé. Dividos em outros quatro grupos são eles Hanafitas, Malequitas, Chafeitas e Hambanitas.

Se você quiser seguir a religião Islamica você deve se converter ao muçulmano e redigir a frase “Não há divindade além de Deus, e Mohammad é o mensageiro de Deus”.

O Islamismo tem um livro sagrado conhecido como o Alcorão onde contém ensinamentos de Deus e da bondade, generosidade e justiça entre os seres humanos. Entre a religião Islâmica existem regras que devem ser seguidas fundamentalmente como por exemplo:

·         Fazer cinco orações diárias;
·         Não burlar o jejum religioso durante o ramadã;
·         Frequentar a peregrinação à Meca pelo menos uma vez durante a vida;
·         Agir com generosidade com os pobres e das esmolas;
·         Acima de tudo crer em Ala o único Deus, e em Maomé seu profeta;


Os Xiitas e os Sunitas tem em comum a personalidade de Deus, acreditar na ressurreição no dia do julgamento e acreditar nas revelações de Maomé.

O Islã tem bastantes preceitos religiosos seguidos pela Sharia que são uma série de lei Islâmicas, algumas são bastante radicais que acabam interferindo no cotidiano, em sua alimentação, no comportamento e nas ações. Ao mesmo tempo vão contra algumas regras que se impõe ao alcorão, sendo consideradas incorretas. Temos como exemplo:

·         O roubo como penitência a pessoa tem que amputar as mãos;
·       Ser Homossexual, questionar ou Maomé ou pensar em mudar de religião para eles deve ser penalizado com a morte, apedrejados ou até mesmo fuzilados;
·         Permite também que aos 9 anos de idade as meninas possam casar e delibera a mutilação do clitóris;
·         Proíbe que a mulher denuncie homens em casos de estupro e outras ações;
·         Esposas podem ser espancadas;
·         Homens podem se divorciar das esposas, mas elas não podem se divorciar deles;
·         Proibição de bebida alcoólica;
·         As filhas tem direito da metade da herança que os filhos homens tem;
·         Crime de honra se as mulheres desonrarem a família;
·         Expor os mulçumanos a qualquer outra religião é um crime;
·         Mulheres não mulçumanas podem ser estupradas e escravizadas sexualmente;

Religião do Sikhismo ou Sisya:

Esta religião tem o objetivo criar uma religião que fosse a fusão do Hinduísmo e do Islamismo. As ideias impostas por está religião refere-se a existência de um Karma, que sofre influência na vida atual por ações que você cometeu anteriormente, ou seja, cometer praticas negativas vai te gerar frutos negativos te levando a uma inferioridade. Sikhs defendem a tolerância e a igualdade e pra eles só seremos capazes de nos livras disso através de nosso próprio esforço. Eles citam que os seres humanos são separados de Deus por serem egocêntricos “Haumai” apelidado assim o egocentrismo e “Samsara” é o renascimento dos seres humanos que no caso ficam presos por seu individualismo, já o “Nadar” refere-se que a libertação é a união com Deus.

Está religião consiste no ensinamento dos dez Gurus e em um único Deus, a qual é eterno e sem forma, para eles Deus é o criador do mundo e dos seres humanos então devemos devotar ele com amor. Existem três pilares que são importantes para a religião são elas:

·         Sustentar-se pela prática do trabalho honesto ( KirtKarni);
·         Compartilhar o que conseguir no trabalho com os necessitados ( VandChhakna);
·         Ter Deus presente na mente em todos os momentos ( Nam Japam);

Nesta religião também tem diversos rituais um deles é quando um recém- nascido é levado a um Gurdwara, onde o Guru abre uma página aleatória do livro do lado esquerdo então a primeira letra que aparecer será a primeira letra do nome da criança. No ritual de casamento os noivos devem girar em torno do Guru dando quatro voltas ao som dos hinos, já no ritual de funeral a cremação acontece e depois os hinos são tocados logo em seguida, suas cinzas devem ser jogadas em rios.

Religião Jainismo:

Constitui-se ao lado do budismo com tradições Bramânicas na Índia, veio a se separar em duas encosta Svetambara seguidora de cânones de escrituras que tem os sermões e diálogos de Mahavira e Digambara que acreditam  que os ensinamentos originais foram perdidos, porém que sua mensagem original é preservada. Quando surgiu era como um movimento de reforma dentro do Hinduísmo do mesmo jeito que o Budismo os dois contra opiniões sobre divindades. Ensinava que a salvação seria obtida através dos esforços de cada um.

Seu principal objetivo é resolver as questões ligadas ao reencarnacionismo dominante no Hindu, são dualistas, para eles o universo é dividido em duas categorias a JIVA onde ficam os seres vivos ou almas e AJIVA onde ficam as coisas inanimadas ou materiais, só se encontra livre disse quem consegue alcançar o NIRVANA que é o estado perfeito que ao contrário do Budismo a individualidade é eterna.

No Jainismo existem alguns princípios que devem ser seguidos temos como exemplo:

·         Reconhecer as causas da escravidão da alma e reconhecer o que procura removê-lo;
·         Todas as coisas são eternas por sua própria natureza;
·         Um sábio leva sua vida mais equidistante possível, tanto no amor quanto no ódio;
·         A essência da sabedoria é não tirar a vida de qualquer coisa;

Religião Cristã:

Sem via de duvidas o Cristianismo é a maior religião do mundo, teve inicio nos ensinamentos de Jesus de Nazaré, considerado o salvador da humanidade. Uma religião Abraâmica igual ao islamismo e o judaísmo. Seu livro sagrado é a Bíblia Sagrada dividida em velho e novo testamento, o velho conta sobre a criação do mundo, das leis e tradições judaicas e o novo conta a vida de Jesus, como viviam os cristões viviam.

Essa religião é dividida em três partes, Protestantismo, Catolicismo e Igreja Ortodoxa, onde cada um possui seus próprios conceitos e concepções. Em geral os seguidores do cristianismo acreditam na existência de Deus, criador do universo e de Jesus Cristo, o que é fundamental para essa religião.

O amor a Deus para eles se encontra a frente de tudo é o centro da vida, pregam que as pessoas devem amar o próximo e perdoar sempre. O cristianismo surgiu a partir do Judaísmo no Oriente Médio, a Bíblia conta que Jesus voltou três dias após sua morte ficando 40 dias em terra e depois foi levado aos céus, acreditando que Jesus era o enviado a terra por Deus.

O Cristianismo tem Dez Mandamentos a qual devem ser seguidos pelos cristãos:

1-      Não terás outros deuses diante de mim;
2-      Não farás para ti imagem de esculturas, não te curvarás a elas, nem as servirás;
3-      Não pronunciarás o nome do Senhor teu Deus em vão;
4-      Lembra-te do dia do sábado para o santificar. Seis dias trabalharás, mas o sétimo dia é o sábado do seu Senhor teu Deus, não farás nenhuma obra;
5-      Honra o teu pai e tua mãe;
6-      Não matarás;
7-      Não adulterarás;
8-      Não furtarás;
9-      Não dirás falso testemunho, não mentirás;

10-  Não cobiçarás a mulher do próximo, nem a sua casa e seus bens; 

domingo, 6 de novembro de 2016

Mahatma Gandhi

Mahatma Gandhi (1869-1948) foi um líder pacifista indiano. Principal personalidade da independência da Índia, então colônia britânica. Ganhou destaque na luta contra os ingleses por meio de seu projeto de não violência. Além de sua luta pela independência da índia, também ficou conhecido por seus pensamentos e sua filosofia. Recorria a jejuns, marchas e à desobediência civil, ou seja, estimulava o não pagamento dos impostos e o boicote aos produtos ingleses.
As rivalidades entre hindus e muçulmanos retardaram o processo de independência. Com o início da Segunda Guerra Mundial, Gandhi voltou a lutar pela retirada imediata dos britânicos do seu país. Só em 1947 os ingleses reconheceram a independência da Índia.


Mahatma Gandhi (1869-1948) nasceu em Porbandar na Índia, no dia 2 de outubro de 1869. Seu nome verdadeiro era Mohandas Karamchand. Seu pai era um político local. Como era costume, Gandhi teve um casamento arranjado aos 13 anos de idade. Foi para Londres estudar Direito e em 1891 voltou ao seu país para exercer a profissão. Dois anos depois, foi para a África do Sul, também colônia britânica, onde iniciou um movimento pacifista.
Terminada a Primeira Guerra Mundial, a burguesia na Índia, desenvolveu forte movimento nacionalista, formando o Partido do Congresso Nacional Indiano, tendo como líderes Mahatma Gandhi e Jawaharlal Nahru. O programa pregava: a independência total da Índia, uma confederação democrática, a igualdade política para todas as raças, religiões e classes, as reformas socioeconômicas e administrativas e a modernização do Estado.
Mahatma Gandhi destacou-se como principal personagem da luta pela independência indiana. Recorria a jejuns, marchas e a desobediência civil, incentivando o não pagamento de impostos e o não consumo de produtos ingleses. Embora usassem a violência na repressão ao movimento nacionalista da Índia, os ingleses evitavam o confronto aberto. Em 1922 uma greve contra o aumento de impostos reúne uma multidão que queima um posto policial e Gandhi é detido, julgado e condenado a seis anos de prisão. Em 1924 é libertado e em 1930 lidera a marcha para o mar, quando milhares de pessoas andam mais de 320 quilômetros, para protestar contra os impostos sobre o sal.


As rivalidades que existiam entre hindus e muçulmanos, que tinham como representante Mohammed Ali Jinnah e que defendia a criação de um Estado muçulmano, retardaram o processo de independência.
Com o início da Segunda Guerra Mundial, Gandhi volta à luta pela retirada imediata dos britânicos do seu país. Por fim, em 1947 os ingleses reconheceram a independência da Índia, contudo mantendo seus interesses econômicos. As divisões internas levaram o governo a criar duas nações, a União Indiana, governada pelo primeiro ministro Nehru, e o Paquistão, de população muçulmana. Essa divisão gerou violenta migração de hindus e muçulmanos em direção opostas da fronteira, que resultou em sérios conflitos.
Gandhi aceitou a divisão do país o que atraiu o ódio dos nacionalistas. Um ano após conquistar a independência, foi morto a tiros por um hindu rebelde, quando se encontrava em Nova Délhi, capital indiana. Suas cinzas foram jogadas no Rio Ganges, local sagrado para os hindus.
Mahatma Gandhi morreu em Nova Délhi, Índia, no dia 30 de janeiro de 1948.

Condições de Vida da Sociedade Indiana

Quase um terço dos habitantes da Índia vive na zona rural. Apesar desse baixo índice de urbanização, as cidades Nova Délhi e Bombaimpossuem mais de 20 milhões de habitantes cada uma, caracterizando-as como metrópoles típicas de países subdesenvolvidos, com altos índices de desemprego, um grande número de favelas e ocupações irregulares, moradias precárias, trânsito saturado e baixas condições de vida para a maior parte da população também destacam-se as altas taxas de mortalidade e os elevados índices de analfabetismo.

As condições de vida são terríveis, sendo que a vida indiana é uma das piores que tem. É um país pobre, com a maioria da população vivendo na miséria, passando fome.
Em todo o mundo, pelo menos 2,6 bilhões de pessoas não têm acesso a banheiro, essas emitem 200 milhões de toneladas de fezes por ano que são jogadas ao ar livre, ou seja, fora de um lugar adequado. 
O pior caso nesse sentido é a Índia, que possui o maior problema sanitário do mundo, aproximadamente 750 milhões de pessoas não têm acesso a banheiro e rede de esgoto. 
         Nesse país, a classe menos favorecida realiza o trabalho de coleta das fezes dispostas nas ruas e em outros lugares, essa prática é desempenhada por homens e mulheres. Os homens entram em bueiros onde estão acumuladas grandes quantidades de excremento humano e o trabalho é desenvolvido sem nenhum tipo de proteção, num lugar repleto de preservativos, absorventes e muitos outros materiais indesejáveis. As mulheres carregam sobre a cabeça cestos cheios de fezes, a situação ainda é mais precária nos períodos chuvosos, pois os excrementos escorrem pelo corpo daquela que os carrega.

Sociedade Indiana

O sistema de castas consiste numa antiga e rígida hierarquização da sociedade indiana. Este sistema surgiu baseado em preceitos religiosos do vedismo. Neste sistema, a casta determina toda a vida de uma pessoa desde o momento do seu nascimento até a morte.
O local de moradia, a profissão, o casamento entre outros aspectos da vida são determinados pela casta ao qual pertence. De acordo com este sistema, pessoas de castas diferentes não podem casar ou ter relacionamentos. Também não é permitida a mudança de casta, pois a crença é a de que a natureza de cada pessoa é determinada pelos deuses. Porém, como os hindus acreditam na reencarnação, a mudança de uma casta poderia acontecer numa outra vida, de acordo com a evolução espiritual.
A divisão da sociedade em castas é determinada a partir da hereditariedade. As castas se definem de acordo com a posição social que determinadas famílias hindus ocupam. Fator que estabelece um tipo de “hierarquia” social marcada por privilégios e deveres. Em um primeiro momento existiam somente quatro tipos de castas na Índia, que eram: os brâmanes (composta por sacerdotes), xatrias (formada por militares), vaixias (constituída por fazendeiros e comerciantes) e a mais baixa, os sudras (pessoas que deveriam servir as castas superiores).

Esse sistema tem como principal característica a segregação social, determinando a função das pessoas dentro da sociedade indiana Tal segregação resulta em desigualdade social, que é explicada pelo fato de um indivíduo não poder ascender para uma casta superior. Segundo o governo indiano, o sistema de castas não existe mais no país. Apesar do governo não admitir, a verdade é que esse sistema está presente na sociedade, interferindo diretamente na qualidade de vida da população indiana.

Economia da Indiana

A economia na India é a 10° maior do mundo, hoje a Índia se destaca na produção industrial de tecnologia de ponta, pois é grande produtora de eletroeletrônicos, agroindustriais, informática (maior produtora de softwares do mundo), biotecnologia. Tais produtos concorrem diretamente com as indústrias de países desenvolvidos. Sem contar que o país possui uma grande representatividade na produção industrial de base, tais como: têxtil, siderúrgica e química.
O principal responsável pelo crescimento econômico na Índia é o setor de serviços, embora seja o setor agrícola o responsável por 3 em cada 5 empregos no país. Contudo, o índice de desemprego na Índia foi de 7,2% em 2007. Os produtos agrícolas mais comuns são: arroz, trigo, algodão, chá, cana-de-açúcar, juta, sementes oleaginosas, especiarias, legumes e verduras.
O principal produto de mineração é o minério de ferro, embora sejam explorados também: carvão, diamante, cromita e asfalto natural. A economia da Índia passou a crescer após as reformas econômicas que ocorreram em 1991. Desde então, os níveis de pobreza, desnutrição e o analfabetismo históricos no país, estão diminuindo lentamente, embora permaneçam muito altos.
A Índia é a quarta maior consumidora de petróleo do mundo importando cerca de 82 bilhões dólares em petróleo. Suas reservas fornecem apenas 25 % do consumo doméstico do país, por isso a alta taxa de importação.  O acelerado crescimento econômico da Índia foi barrado em virtude de questões geopolíticas envolvendo o Paquistão. Além disso, no ano de 1997 ocorreu a crise da Ásia, fazendo com que o desempenho econômico sofresse uma queda, a desaceleração só não foi maior graças ao grande mercado interno, que consome muitos dos seus produtos. 

Território Indiano

O território da Índia constitui a maior parte do subcontinente indiano, localizado na Placa Indiana, na Ásia Meridional. Os estados indianos do norte e do nordeste estão parcialmente localizados nos Himalaias.
A placa original indiana corresponde hoje ao subcontinente indiano, sendo também a parte mais antiga e estável da Índia, que se estende desde o norte, com as cordilheiras Satpura e Vindhya no centro. Estas cordilheiras paralelas vão desde a costa do mar Arábico, no estado de Gujarat, até o planalto de Chota Nagpur, no estado de Jharkhand.  No sul, o planalto do Decão contém à esquerda e à direita os Gates Ocidentais e Orientais; o planalto contém as formações rochosas mais antigas do território, algumas com mais de um bilhão de anos de idade. Os pontos extremos do país se localizam a 6° 43' e 39° 26 'de latitude norte e 68°7' e 89°25' de longitude leste.
O território indiano é formado pelas linhas no extremo norte e nordeste, pela planície Indo-gangética ao norte, a noroeste e a leste, e pelo planalto do Decão no centro. O Decão é flanqueado por duas cordilheiras: os Gates Ocidentais e os Gates Orientais.
A Índia tem 7 517 quilômetros de litoral; destes, 5 423 pertencem ao subcontinente indiano e 2 094 pertencem aos arquipélagos de Andamão e Nicobar e Laquedivas. A costa indiana tem 43% de praias arenosas, 11% de costas rochosas (incluindo falésias) e 46% de marismas ou costas pantanosas. Os principais rios têm sua origem na cordilheira Himalaia, como o Ganges e o Brahmaputra, que desembocam no golfo de Bengala. Entre os afluentes mais importantes do Ganges encontram-se os rios Yamuna e o Kosi, cuja pendente extremamente baixa provoca inundações catastróficas quase todos os anos. Os rios peninsulares mais importantes cujas pendentes evitam inundações são o Godavari, o Mahanadi, o Kaveri e o Krishna, que também desembocam no golfo de Bengala; e os rios Narmada e Tapti, que desembocam no mar Arábico. Na costa oeste, encontram-se também os pântanos do Rann de Kutch, enquanto no leste há a área protegida de Sundarbans, que a Índia divide com Bangladesh.A Índia possui dois arquipélagos: Laquedivas, atóis de corais na costa sudoeste indiana, e as ilhas de Andamão e Nicobar, cadeias de ilhas vulcânicas no mar de Andamão.

O território indiano se encontra dentro da biorregião Himalaia, que apresenta grande biodiversidade. Acolhendo 7,6% de todos os mamíferos, 12,6% de todas as aves, 6,2% de todas os répteis, 4,4% de todos os anfíbios, 11,7% de todos os peixes e 6% de todas as espermatófitas do mundo, a Índia é um dos dezoito países megadiversos. Em muitas regiões indianas existem altos níveis de endemismo; em geral, 33% das espécies indianas são endêmicas.
 A Índia está subdividida em 28 estados, seis territórios federais e ainda o território da capital nacional de Deli.

Contexto Histórico da Índia

A cultura da Idade da Pedra no subcontinente indiano coincidiu com o início da colonização pelo homem e progrediu para a agricultura e o desenvolvimento de ferramentas derivadas de objetos naturais ou criados a partir de matérias-primas. A comunidade Mehrgarh constitui-se no estágio preliminar da agricultura no subcontinente e levou ao surgimento da civilização do Vale do Indo, pertencente à Idade do Bronze. As civilizações da Idade do Bronze no subcontinente indiano lançaram as bases da moderna cultura indiana, inclusive o surgimento de assentamentos urbanos e o desenvolvimento das crenças védicas que formam o núcleo do hinduísmo.
irrigação do Vale do Indo, que fornecia recursos suficentes para sustentar grandes centros urbanos como Harappa e Mohenjo-daro em cerca de 2 500 a.C., marcou o início da civilização harappa. Aquele período testemunhou o nascimento da primeira sociedade urbana na Índia, conhecida como a civilização do Vale do Indo.
Esta civilização caracterizava-se por suas cidades construídas com tijolos, por sistemas de águas pluviais e por casas com vários andares. a cultura do Indo dispunha de técnicas de planejamento urbano singulares, cobria uma área geográfica mais extensa e pode ter formado um Estadounificado, como sugere a extraordinária uniformidade de seus sistemas de medida.
civilização védica é a cultura indo-ariana associada com o povo que compôs os Vedas no subcontinente indiano. Incluía o atual Panjabe, na Índia e Paquistão, e a maior parte da Índia setentrional. A relação exata entre a gênese desta civilização e a cultura do Vale do Indo, por um lado, e uma possível imigração indo-ariana, por outro, é motivo de controvérsia.
A maioria dos estudiosos entende que esta civilização floresceu entre os II e I milênio a.C. O uso do sânscrito védico continuou até o século VI a.C., quando a cultura começou a transformar-se nas formas clássicas do hinduísmo. Esta fase da história da Índia é conhecida como o período védico ou era védica. Sua fase primitiva testemunhou a formação de diversos reinos da Índia antiga.
Durante a Idade do Ferro, que começou na Índia em torno de 1 000 a.C., diversos pequenos reinos e cidades-estadoscobriram o subcontinente, muitos mencionados na literatura védica a partir de 1 000 a.C. Em torno de 500 a.C., dezesseis monarquias e "repúblicas", conhecidas como Mahajanapadas, estendiam-se através das planícies indo-gangéticas.
Os Mahajanapadas eram, grosso modo, o equivalente às cidades-estados gregas do mesmo período no Mediterrâneo, e produziam uma filosofia que viria a formar a base de grande parte das crenças do mundo oriental, da mesma maneira que a Grécia antiga produziria uma filosofia que embasaria grande parte das crenças do mundo ocidental. O período encerrou-se com as invasões persa e grega e a ascensão subsequente de um único império indiano a partir do Reino de Mágada.
Na altura do século V a.C., o norte do subcontinente indiano foi invadido pelo Império Aquemênida e, no final do século IV a.C., pelos gregos do exército de Alexandre, o Grande. Ambos os eventos repercutiram fortemente na civilização indiana, pois os sistemas políticos dos persas viriam a influenciar a filosofia política indiana.
Originalmente, Mágada era um dos dezesseis Mahajanapadas indo-arianos da Índia Antiga. O reino emergiu como uma grande potência após subjugar dois Estados vizinhos, e era dono de um exército incomparável na região.
Em 326 a.C., o exército de Alexandre, o Grande, aproximou-se das fronteiras do Império Mágada. As tropas, exaustas e receosas de enfrentar mais um gigantesco exército indiano no rio Ganges, amotinaram-se no rio Hifasis e recusaram-se a prosseguir em direção a leste. Naquelas condições, Alexandre decidiu avançar na direção sul, seguindo o Indo até o Oceano.
após a morte de Asoca (232 a.C.). A partir de então, formaram um império que controlou o centro e o sul da Índia (o Decão), mantendo a ordem naquela porção do subcontinente em especial após o fim dos máurias e em face das sucessivas ondas de invasores vindos do noroeste.
Bateram-se ao longo do tempo contra os indo-gregos, os sátrapas ocidentais (indo-citas) e os indo-partos (partos). Embora pudessem resistir aos avanços dos seu inimigos (os andaras dispunham talvez das forças armadas mais poderosas da época na Ásia), os conflitos com os impérios constituídos pelos invasores de noroeste terminaram por enfraquecê-los até que, em cerca de 220, a dinastia extinguiu-se. Da mesma forma que os andaras, os guptas foram uma dinastia nativa da Índia que se opôs aos invasores de noroeste. Nos séculos IV e V, a dinastia Gupta unificou a Índia setentrional. Naquele período, conhecido como a Idade do Ouro indiana, a cultura, a política e a administração hindus atingiram patamares sem precedentes. Com o colapso do império no século VI, a Índia voltou a ser governada por diversos reinos regionais.
Esta fase histórica pode ser definida como o período entre a queda do Império Gupta e as conquistas de Harshavardhana, por um lado, e o surgimento dos primeiros sultanatos islâmicos na Índia com o correlato declínio do Império meridional Vijaynagar, no século XIII, por outro. Naquela fase destacaram-se o Reino Chola, no território correspondente ao norte de Tâmil Nadu, e o Reino Chera, no que é hoje Kerala. Os portos da Índia meridional dedicavam-se então ao comércio do Oceano Índico, especialmente de especiarias, com o Império Romano a oeste e o sudeste da Ásia a leste. No norte, estabeleceu-se o primeiro dos Rajaputros, uma série de reinos que sobreviveria em certa medida por quase um milênio até a independência indiana frente aos britânicos. O período assistiu uma produção artística considerada a epítome do desenvolvimento clássico; os principais sistemas espirituais e filosóficos locais continuaram a ser o hinduísmo, o budismo e o jainismo.
A invasão do subcontinente indiano por tribos e impérios estrangeiros foi freqüente ao longo da história, e costumava terminar com o invasor absorvido pelo cadinho sócio-cultural indiano. A diferença, na fase histórica em apreço, é que os Estados muçulmanos invasores - em geral, de origem turcomana - mantiveram, uma vez instalados no subcontinente, seu caráter islâmico, com repercussões até os dias de hoje.
Em 1526, um descendente de Tamerlão chamado Babur, de origem turco-perso-mongol, atravessou o Passo Khyber, invadiu o subcontinente e estabeleceu o que viria a ser o Império Mogol, que perduraria por mais de dois séculos e cobriria um território ainda maior do que o do Império Máuria. Por volta de 1600, a dinastia mogol já controlava a maior parte do subcontinente; entrou em declínio após 1707 e foi finalmente defenestrada pelos britânicos em 1857, após a revolta dos cipaios. Da mesma maneira pela qual os conquistadores mongóis da China e da Pérsia haviam adotado a cultura local, os mogóis professavam uma política de integração com a cultura indiana que contribui para explicar o seu sucesso em comparação com o Sultanato de Déli. Os grão-mogóis casaram-se com a realeza local, aliaram-se com marajás e procuraram fundir a sua cultura turco-persa com as tradições indianas.
descoberta da rota marítima para a Índia em 1498, por Vasco da Gama, sinalizou o início do estabelecimento de territórios controlados pelas potências europeias no subcontinente. Os portugueses constituíram bases em GoaDamãoDiu e Bombaim, dentre outras. Seguiram-se os franceses e os neerlandeses no século XVII.
Companhia Inglesa das Índias Orientais estabeleceu uma primeira base em Bengala, em 1757. Na altura dos anos 1850, os britânicos já controlavam quase todo o subcontinente, inclusive o território correspondente aos atuais Paquistão e Bangladesh. A revolta dos sipais, de 1857, forçou a companhia a transferir a administração da Índia para a coroa britânica.

Organizações sociais fundadas no final do século XIX e início do XX para defender os interesses indianos junto ao governo da Índia britânica transformaram-se em movimentos de massa contra a presença britânica no subcontinente, agindo por meio de ações parlamentares e resistência não-violenta. Após a partição da Índia, ou seja, a separação do antigo Raj britânico entre a República da Índia e o Paquistão, em agosto de 1947, o mundo testemunhou a maior migração maciça da história, quando um total de 12 milhões de hindussiques e muçulmanos cruzaram a fronteira da Índia com o Paquistão Ocidental e a fronteira da Índia com o Paquistão Oriental.